5 de fevereiro de 2013

UMA DISTINÇÃO CRÍTICA

|5 DE FEVEREIRO|

TODAS as pessoas conhecem e gostam de repetir a declaração cristã de que "Deus é amor". Porém, elas parecem não perceber que as palavras "Deus é amor" não tem sido verdadeiro a menos que Deus contenha pelo menos duas pessoas. Amor é algo que uma pessoa tem por outra. Se Deus fosse um só, então ele não poderia ter sido amor antes de o mundo ser criado. É claro que essas pessoas querem dizer quando falam que "Deus é amor" é bem diferente; elas querem dizer, na verdade, que "o amor é Deus". Elas acreditam que a atividade viva e dinâmica do amor tem estado em Deus eternamente e que ela criou todo o resto.
E essa, aliás, talvez seja a mais importante diferença entre o cristianismo e todas as demais religiões: no cristianismo Deus não é uma coisa estática - nem mesmo uma pessoa - e sim, uma atividade pulsante dinâmica, uma vida, quase uma espécie de peça de teatro. Ele é praticamente, se não for por demais irreverente, um tipo de dança.

[C. S. Lewis]
- de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples]

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