16 de maio de 2013

TODOS OS BONS MESTRES SÃO SERVOS

|16 DE MAIO|

A PERGUNTA que queremos fazer sobre o papel central do homem nesse drama está no mesmo patamar que a questão dos discípulos: "Qual deles era o maior?". Trata-se do tipo de pergunta da natureza não-humana, ou até mesmo da natureza inanimada, parece um mero subproduto da sua própria redenção, então, da mesma forma, do ponto de vista não-humano, a redenção do homem pode não parecer nada mais que as preliminares dessa primavera amplamente difusa. O próprio fato de a queda ter sido permitida pode ter sido em vista esse fim maior. Ambas as atitudes serão corretas se consentirem em eliminar as palavras simples e simplesmente. Onde há um Deus que age de forma totalmente proposital e inteiramente previsível sobre uma natureza que está toda interligada, não podem haver acidentes ou acasos que nos permitam usar com segurança a palavra simplesmente. Nada é "simplesmente um subproduto" de qualquer outra coisa. Todos os resultados são intencionais desde o princípio. Tudo que é secundário de acordo com o ponto de vista é o propósito principal de acordo com outro. Nenhuma coisa ou acontecimento ocupa a primeira posição ou está mais alto, de forma que isso o impeça de ser, ao mesmo tempo, o último e o mais inferior. O parceiro que se curva diante do outro em um movimento da dança, recebe a reverência do outro no próximo. Achar-se no alto ou no centro significa abdicar continuamente; ser colocado em posição inferior, significa ser elevado. Todos os bons mestres são servos; Deus lava os pés dos seres humanos.

[C. S. Lewis]
- de Miracles [Milagres]

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