2 de dezembro de 2013

DEIXADO SÓ

|2 DE DEZEMBRO|

A LONGO prazo, a resposta a todos os que apresentam objeções contra a doutrina do inferno é, em si mesma, uma pergunta: "O que você quer que Deus faça?". Apagar os pecados por eles cometidos no passado e dar-lhes uma nova chance, aliviando todas as dificuldades e oferecendo uma ajuda milagrosa? Deus já fez isso no Calvário. Perdoá-los? Eles não serão perdoados. Abandoná-los? Sim, temo que seja isso o que ele faz.
Só mais uma advertência para encerrar o assunto. Para se despertar as mentes modernas para os temas aqui tratados, ousei introduzir a figura de um homem mau a quem facilmente reconhecemos como mau. Porém, depois que essa figura tiver feito o seu serviço, é melhor que seja esquecida o quanto antes. Em todas as nossas discussões sobre o inferno, devemos manter firmemente diante dos olhos a possível condenação, não de nossos inimigos nem de nossos amigos (pois ambas só confundem a nossa razão), mas a nossa própria. Esse texto não fala da sua esposa nem do seu filho, nem de Nero ou de Judas Iscariotes; fala de você e de mim.

[C. S. Lewis]
- de The Problem of Pain [O Problema do Sofrimento]

Um comentário:

Unknown disse...

Certamente, é mais fácil ver o cisco no olho do próximo